sexta-feira, 1 de julho de 2011

Das coisas que a gente pede


Fiquei parada por alguns momentos um dia destes e comecei a pensar, quanta coisa a gente pede.
Eu vejo por mim. Minhas amigas dizem  que ir ao supermercado comigo é “Padecer no Paraíso”. Sei lá quantas vezes  eu já ouvi delas: “Tu parece criança”. Acho até engraçado e admito que na maioria das vezes eu nem quero nada, mas já estou tão  acostumada a pedir que não gosto de perder a oportunidade.
Envolvida neste pensamento, me ocorreu que conforme vamos crescendo nossa forma de requerer  vai mudando.
Quando somos crianças, nos achamos merecedores de tudo e é um tal de “mãe me dá” daqui, um “eu quero isso” dali e por aí vai. Já na adolescência, mais cautelosos, interrogamos. “Pai, eu posso comprar?” Mas a fase que eu considero a mais difícil de todas é quando chegamos na vida adulta, e aí, já não nos julgamos mais tão merecedores daquilo que solicitamos.
Será que isso só acontece comigo?
Enfim...
Nessa fase nossos pedidos acabam sendo destinados, na maioria das vezes, a Deus. Você não pede? Eu peço. E como peço.
Peço tanto. Peço por mim, pelos meus amigos, pela família, pelos que estimo, pela população mundial... Nossa! As vezes imagino que canso Ele com isso.
É tão complicado pedir sem perspectiva de receber e é um pouco triste também. Não que Deus não nos dê o que pedimos, e na verdade Ele mesmo diz: “Pedi e dar-se vos a”, o problema é que pedimos tantas coisas das quais não precisamos. Pedimos coisas que talvez fossem destruir nossas vidas ou acabar com a paz que temos.
Pensa só. A maioria de nós, alguma vez, já pediu a Deus algo e não ganhou. E com o passar do tempo viu que o tal desejo não fez falta nenhuma. Que se você tivesse “aquilo” no momento que vive hoje, estaria fora do contexto da sua vida.
 Triste também é quando você pede, recebe e logo em seguida desiste do que pediu.
É triste... Acredite.
Conclui que, o problema não está em pedir e sim em não saber o que se quer. Ou na verdade, do que se precisa. Não precisamos de tudo que queremos assim como não merecemos tudo que pedimos.
Com isso não quero desmotivar ninguém a pedir alguma coisa, pelo contrário. Certa vez eu li em sábias palavras de Arnaldo Jabor a seguinte frase: “Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa”. Peça! Peça sempre  a Deus.  Pois se Ele não te der, ninguém mais pode. Não quero que você desanime.  Quero sim que fique alerta, está é minha intenção.
 Não peça tudo que você pensa desejar ou merecer. Antes pense se você realmente precisa. Se ao receber, realmente sua vida vai melhorar.
 Tenha cuidado com o que pede. Você pode receber. E ao receber, sua vida pode se transformar.

                                                                                                Gabriela Cabral

domingo, 26 de junho de 2011

Gatos

A maioria das pessoas não gosta muito dos gatos. Muitas acham que cachorros sim, são bicho pra serem criados com estima.
Eu sei que gosto é gosto, mas eu não posso deixar de me impressionar com essa idéia.
Sendo sincera, eu nunca fui de me apegar muito a bicho nenhum, sempre achei que da muito trabalho, mas o amor incondicional que uma de minhas tias tem por estes bichanos acabou me contagiando.
A mais ou menos dois anos, eu adotei um gato e nem sei o que me levou a fazer isto pois sempre tive um pouco de medo, mesclado a muito receio, de felinos.  Foi aí que entrou em minha vida o Agenor (assim batizado por causa da paixão que tenho pelas músicas de Agenor de Miranda Araújo Neto, conhecido popularmente como Cazuza).
Sem entender o por que de tanta repulsa com estes  bichos tão especiais, passei a observar o comportamento do Agenor e dos demais gatos que me cercam, em casa, na casa dos amigos ou até os que simplesmente cruzam comigo pela rua.
Tá aí! BINGO!
É a Personalidade. Só pode ser por causa da personalidade deles que atraem tantos desafetos.
Não vejo porque tanto julgamento assim. Gatos só querem viver  à sua maneira. Diferente de nós humanos. Correto?
 Será?
Muitas vezes taxados de interesseiros, preguiçosos e prepotentes eles parecem nem ligar e continuam ali, levando suas vidas tranqüilamente. Nisso sim, bem diferentes de nós.
Quanto a serem interesseiros, eu concordo. O Agenor se aproxima de mim, na maioria das vezes, quando me ouve balançar o sachet de sua ração predileta. Ele também só faz carinho quando precisa que eu abra a porta pra ele ir passear e só dorme na cama que eu comprei especialmente pra ele, quando vê outro gatinho deitado lá.
Pois é, atitudes difíceis de entender  estas. Tenho certeza que você não conhece ninguém com uma personalidade nem parecida.
Cachorros em sua maioria são mais dóceis eu sei. Mas tem como não cair de amores por estes bichinhos que tem uma vida tão “própria”?
Eu passei a amar os gatos a pouco tempo, confesso que o que eu mais amo é o meu, mas isso não me faz desprezar os cachorros. Com isso não deixo de admirar a beleza dos cavalos e de respeitar a simplicidade das borboletas.
Como eu já  disse antes, gosto é gosto, mas para pra pensar um pouquinho e você vai perceber, gatos são merecedores, se não do seu amor, ao menos do seu respeito.
Poucos são aqueles que tem coragem, como eles,  de escolher um modo de vida e vive-lo.
Gabriela Cabral

Citação da Semana

"Acreditar não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente!"